Patrícia Claudine Hoffmann

11 de mar de 2018

Poemas de P. Claudine Hoffmann em Matadouro Imperfeito

Demorar depende do morrer.

Ainda respiro com o poema pendurado

no gancho esquerdo

das promessas.

Percorro o susto metálico dos

pássaro-caça: “de onde veio a bala?”

Um último canto esvazia para sempre

os pulmões em miniatura:

escultura plumas e pele.

- Para onde vai a queda?

***

Não moldar-se nas armadilhas.

De todas expedições da alma

fica a amplitude do resto:

oceanos que armazenei

em pavimentos sem certeza.

Os navios sempre maiores

do que a minha natureza.

À mesa, camarões condenados amparam-se até o fim da fome.

Matadouro Imperfeito, de Patrícia Claudine Hoffmann, está disponível na loja virtual da editora Letradágua:

(47) 3278 6335 e 98897 5551

letradagua@gmail.com

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